Em parceria com a ACI, a Faculdade IENH promoveu a Conferência Negócios Perpétuos. Realizado no dia 14 de julho, o encontro teve como foco a importância da sucessão empresarial e processo sucessório de empresas locais. Durante o evento, também se enfatizou a transparência, o exemplo e a confiança como elementos fundamentais para a realização.
A equipe de professores da escola de sucessão da IENH marcou presença no evento. O diretor geral da Instituição, Seno Leonhardt, destacou que “os desafios são muitos e o curso que vamos realizar vai auxiliar as empresas em seu planejamento sucessório, financeiro e estratégico”. Ele também elencou diferentes dados sobre a sucessão.
Na abertura do evento, o presidente da ACI, Diogo Leuck, disse que a proposta atende a uma demanda de empresas associadas à entidade e sucessão não é só de pai para filho ou para um diretor. “Toda liderança precisa de um sucessor, por isso a decisão de realizarmos esta atividade para auxiliar proprietários, CEOs, acionistas e outros profissionais”, explicou.
Magda Geyer Ehlers, fundadora do Instituto Sucessor e que já assessorou cerca de 300 famílias, enfatizou que o caminho é passar de ‘empresa de dono’ para empresa familiar profissionalizada e, em seguida, para empresa com visão global de patrimônio e a família deve passar da condição de ‘família do empresário’ para empresária e investidora, respectivamente.
O processo requer planejamento e atenção ao passado, ao presente e, sobretudo, ao futuro da empresa. “A sucessão deve envolver toda a família empresária e todos os integrantes no processo. O momento ideal para iniciar é quando a empresa está saudável e gerando resultados e inexistem conflitos familiares”, alertou.
Decidir fazer
O CEO de Lojas Lebes, Otelmo Drebes, citou o exemplo da própria rede de 350 lojas que comanda há sete anos. A sucessão foi feita após um período de preparação conduzido pelo pai e fundador, Otélio Drebes, hoje com 89 anos. O foco de Otelmo é preparar o seu sucessor, que deve ser um dos dois filhos que já atuam na empresa ou um executivo do mercado.
Para ele, sucessão não tem a ver com morte e deve ser feita quando a empresa pode decidir fazer e não quando é obrigada a fazê-la. “Prepare pessoas, trabalhe o desapego e quando a empresa estiver bem faça a sucessão”, sugeriu.
A sócia de Tintas Killing e coordenadora do Family Office, Gladis Killing, destacou o sucesso do processo sucessório da primeira para a segunda geração da família, ocorrido há cerca de 20 anos, quando os pais ainda eram vivos. Dos nove herdeiros, apenas três atuavam na família na oportunidade. Eles escolheram o CEO e os critérios para ingressar na companha a, o que se mostrou uma atitude acertada.
Hoje, os 18 integrantes da segunda e da terceira geração atuam de mãos dadas, alguns inclusive exercendo cargos na empresa. “A segunda geração ainda tem energia para comandar os negócios e a terceira mostra-se madura. Vivemos um momento de leveza e felicidade e todos podem contribuir”, revelou. Conforme Gladis, transparência, exemplo e confiança sempre foram (e ainda são) essenciais para o sucesso do processo sucessório, para gerar satisfação nos colaboradores e credibilidade no mercado.