A Instituição Evangélica de Novo Hamburgo – IENH iniciou sua caminhada inclusiva há mais de 40 anos, tanto no campo profissional, quanto referente aos alunos. Nesta trajetória buscou-se bases sólidas, para que inclusão aconteça a partir de três pressupostos de acessibilidade: física, pedagógica e administrativa.
A Supervisora Escolar da Unidade Fundação Evangélica – Marga Inês Schmitt, destaca diversos pontos que precisam ser trabalhados para que uma escola seja inclusiva. “Nós buscamos trabalhar um currículo personalizado para o aluno com necessidades especiais, além de realizar a avaliação escolar através de parecer descritivo. Assim, o desenvolvimento é acompanhado passo a passo e o estudante e sua família, percebem o crescimento e os progressos que foram alcançados.”, esclarece Marga. Outro aspecto importante observado pela Instituição é a independência e a individualidade dos alunos. “É muito importante não rotular as pessoas, mas levar em conta que o aluno apesar de alguma limitação que apresente, tem muitas possibilidades de aprendizagem”, diz a Supervisora.
O professor precisa se sentir seguro e realizar formação continuada para trabalhar com alunos que tenham necessidades educacionais especiais. Na IENH existe um Plano de Educação Inclusiva, que faz parte do Projeto Pedagógico da Instituição. O plano auxilia o trabalho pedagógico a ser realizado, mas também é fundamental que os professores sejam acompanhados e ouvidos “pois esse processo traz maior segurança e tranquilidade para as etapas escolares que envolve a inclusão.”, esclarece Marga.
Quanto a contratação de pessoas com deficiência, a IENH iniciou há tempos, mas foi em 2011 que a Instituição colocou em prática o Programa de Inclusão de Colaboradores com Deficiências. Desde então, mais quatro pessoas já foram integradas ao quadro funcional.
“A contribuição dessas pessoas nos grupos de trabalho desafia os colaboradores a buscarem outras formas para desenvolver as tarefas levando em conta limitações e competências. Isso cria necessidade de engajamento coletivo, o que humaniza as relações”, esclarece a Psicóloga Organizacional e do Trabalho, Luciana Brun. A Psicóloga lembra também que todos têm limitações e habilidades ocultas, que nem sempre estão evidentes.
O processo inclusivo iniciado na IENH está em constante atualização, sendo construído com cuidado e seriedade.