Os órgãos de saúde já orientaram que ficar em casa é a melhor forma de se prevenir do coronavírus. E é isso que os estudantes e colaboradores da IENH estão fazendo. Na segunda-feira, dia 23 de março, as aulas a distância iniciaram para a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Cursos Técnicos e Faculdade IENH. Nesta semana, os professores e funcionários da IENH também passaram a trabalhar de casa.
Na Educação Básica, os professores estão organizando atividades domiciliares. Os recursos da plataforma Google For Education, já utilizada em sala de aula, estão possibilitando o desenvolvimento das aulas. Para a Professora Raquel Meirose, a experiência está sendo desafiadora e gratificante: -“Tanto professores quanto alunos tiveram que se ajustar a essa nova realidade. Eu estou achando gratificante, estou podendo interagir com os alunos e sanar dúvidas mesmo a distância. Juntos vamos construindo novos conhecimentos”.
Em casa, a Andrea Strassburger está acompanhando todas as atividades que o seu filho Vittorio Strassburger está realizando. De acordo com a mãe do estudante do 4º ano do Ensino Fundamental Bilíngue, “as tarefas vieram para retomar as atividades de aprendizado e também para ajudar a distrair durante este período que estamos vivendo”. Andrea ainda conta que é “muito legal observar a interação das professoras na correção dos temas e também dos alunos usando e-mail para tirar as dúvidas com elas”. Para Vittorio tudo é novidade: -“Eu nunca pensei que teria aulas on-line, que faria os temas e a professora me devolvesse por e-mail. Isso está sendo muito legal”.
As videochamadas estão sendo a principal estratégia utilizada nas aulas dos Cursos Técnicos e Faculdade IENH. A proposta permite que os professores expliquem os conteúdos e esclareçam dúvidas dos alunos em tempo real. O professor Tiago Kautzmann afirma que a experiência das aulas a distância tem sido muito boa. “Utilizo as ferramentas Google Classroom e Google Hangouts Meet, da plataforma Google for Education, disponibilizada pela IENH. Por meio do Google Classroom, compartilho materiais digitais sobre o conteúdo da aula e recebo dos alunos suas soluções para as tarefas atribuídas. No Google Hangouts Meet é onde me encontro com os alunos. Interajo com os estudantes compartilhando minha webcam, minha tela do computador e meu áudio. Os alunos também podem interagir com todos os demais participantes, a qualquer momento, através de chat ou áudio e podem compartilhar suas telas com os demais colegas. Todos os alunos conseguem acompanhar as dúvidas dos demais colegas e as minhas interações sobre essas dúvidas. Também é possível gravar os encontros e disponibilizar aos alunos para assistirem mais tarde, quantas vezes quiserem”, relata. De acordo com o professor, os alunos das suas disciplinas também afirmam que a experiência está sendo positiva.
Mestranda em Educação com ênfase nas Tecnologias Digitais na Educação, a professora Gabriella Schorn fala da sua experiência e compartilha dicas para os professores:
“Os professores e os alunos da Educação Básica, mais precisamente da Educação Infantil e Ensino Fundamental não estão acostumados a trabalhar/estudar na modalidade EaD. Dessa forma, já fica claro que este será um desafio para todos, assim como para os pais e responsáveis. Por isso, se faz necessário ao professor um olhar atento sob o seu planejamento, que deve ser diferente de uma aula presencial. Mesmo assim, eu como professora de Língua Portuguesa dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, vejo uma grande oportunidade de continuar possibilitando aos meus alunos a construção de conhecimento e também de competências digitais necessárias a Era Conectada em que estamos inseridos.
Ao enviar as atividades, tenho em mente algumas "regras" importantes como, por exemplo, o investimento na minha própria criatividade, pois ao elaborar o material eu tenho claro que a disputa por atenção (e a facilidade de distração) em casa é maior do que em sala de aula. Por isso, procuro utilizar diversos recursos para compor o meu planejamento como vídeos - playlists, editores de texto, criação de quizzes, sites, infográficos, tutoriais, mapas conceituais, etc. Outro ponto, é a respeito da nossa postura e a importância de tranquilizar os alunos, relembrando que o Ambiente Virtual de Aprendizagem é um espaço de erros e acertos como na sala de aula física e, pensando nisso, eu, professora, irei me antecipar esclarecendo possíveis dúvidas que viriam presencialmente, procurando explicar o conteúdo de maneira ainda mais sucinta, clara e objetiva. Mesmo assim, é importante nos colocarmos à disposição dos alunos para que possam nos acessar e tirar dúvidas quando necessário para que esse momento possa passar tranquilamente, evitando gerar ansiedade e angústia por parte das crianças. Ao pensar todas essas "regrinhas", de modo algum, se sugere "facilitar o conteúdo", muito pelo contrário. A educação a distância é difícil pois exige muita autonomia e organização. Por isso, quanto mais pudermos criar em nossa sala de aula online um clima afetivo, colaborativo, de confiança e incentivo, mais a aprendizagem ocorrerá de forma significativa e transformadora.
Além de tudo isso, percebo que eu mesma estou construindo competências digitais importantes para a minha prática pedagógica, uma vez que estou em busca de ferramentas novas, explorando tecnologias digitais diferenciadas e buscando ser uma professora melhor a cada dia”.