Na noite do dia 10 de maio, os alunos do módulo três do Curso Normal – Formação de Professores estiveram reunidos na Sala de Eventos da Unidade Fundação Evangélica para assistir palestra sobre “Currículos e políticas culturais”, ministrada pela professora da IENH, Débora Sostisso, que é Mestranda da UFRGS na área de Gênero, Sexualidade e Educação. O momento foi organizado pela professora da disciplina de Seminário de Práticas, Currículo e Pesquisa em Educação, Anelise Knevitz Bartholdy.
O objetivo do encontro foi propiciar aos alunos pensar a escola e o currículo como campos de significação e de espaços de representação daquilo que se vive. Problematizar situações que parecem tão naturais, mas que são produzidas na cultura, como também nos produzem dentro da cultura. Pensar como gênero e sexualidade atravessam o currículo e que existem inúmeras “pedagogias culturais” com as quais aprendemos a ser o que somos.
A palestrante contou um pouco da sua experiência como professora de Ensino Fundamental, trazendo na sua abordagem noções relacionadas à educação – pedagogias culturais – atravessamentos do gênero e sexualidade nas situações do cotidiano, problematizando, junto com os alunos algumas formas e posições que são tomadas como naturais, mas que são e estão produzidas na cultura (ou culturas), pensando na abordagem da cultura/culturas como campo central em torno de significações, onde as histórias de vida são produzidas e dão sentido aos sujeitos.
A professora Débora apresentou uma parte da sua pesquisa, desenvolvida em 2008, com crianças de 1ª série do Ensino Fundamental de 09 anos e mostrou alguns exemplos sobre como as crianças trazem narrativas sobre o que é de “menino” e o que é de “menina”, a partir de suas definições, falas, brinquedos, brincadeiras.
Os participantes apresentaram algumas contribuições de suas vidas, observações que fazem do seu cotidiano, bem como a professora Anelise realizou algumas problematizações, tornando o trabalho interessante.
Segundo a professora Anelise, a atividade contribuiu para os estudantes olharem para a sala de aula, para os modos de ser professor/a, para os modos como representam a aprendizagem e os/as alunos/as, as escolhas por determinados conteúdos, histórias, livros didáticos e pensar sobre isto, sobre as escolhas que fazemos.
